"A vitória brilhará àquele que tímido ouse". Agostinho da Silva
Segunda-feira, 30 de Dezembro de 2013
“A César o que é de César”

Ao aproximarmo-nos do final de 2013 é inevitável fazermos um balanço do ano que passou e avançarmos com algumas previsões para 2014, certeiras ou não o tempo o dirá.

 

Sabíamos que o ano de 2013 manteria no seu léxico as palavras “crise” e “austeridade”, permanecendo a dúvida e divergindo a doutrina quanto à introdução ou não da palavra “recuperação” na economia e no país real. Findo o ano de 2013, é altura de fazer um balanço.

 

Bem sei que não é politicamente correcto falarmos do que de bom colectivamente alcançámos em 2013, de tão habituados que estamos à dialéctica de comiseração dos responsáveis políticos, esquecendo-se que antes dos partidos que os elegeram estão as pessoas que representam.

 

Furando assim o discurso dominante, atrevo-me a destacar alguns dados que nos devem encher de orgulho e esperança para o ano que se avizinha. Por um lado, depois do desemprego ter atingido níveis socialmente alarmantes, assistimos à sua descida, tal como ao maior crescimento da taxa de emprego na Europa. Ao fim de 10 trimestres consecutivos, a economia saiu finalmente da recessão técnica, tendo as contas externas voltado a terreno positivo, com importante contributo das exportações e do turismo. Esta espiral positiva justifica, aliás, que o número de empresas em processo de insolvência tenha descido pela primeira vez desde 2008 e que este mês de Dezembro esteja a registar um aumento do consumo das famílias portuguesas face a 2012. Ao que já referi, acrescente-se a previsão do Banco de Portugal para 2014 de crescimento igual a 0,8%, acima dos 0,3% previstos no Verão.

 

Por tudo isto, acredito que o ano de 2014 será de retoma. Mas não julguem que pretendi destacar os feitos do Governo: se o fizesse estaria a cair no mesmo erro em que caem todos os responsáveis políticos que desconsideram os dados positivos da economia, temendo que estes beneficiem o partido A ou B. Esquecem-se que os grandes responsáveis por chegarmos até aqui, com motivos para nos orgulharmos, são os Portugueses.

 

Artigo publicado na edição do Jornal de Leiria de 27 de Dezembro



publicado por Margarida Balseiro Lopes às 12:38
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