Há por aí quem vocifere contra os neoliberais de direita, reclamando a patente do Estado Social. É PCP, é BE, é PS. Lendo este tipo de notícias e conhecendo a realidade dos lares e da insuficiente oferta é de bradar aos céus: ou devido a uma profunda hipocrisia de quem ignora uma realidade chocante ou um inaceitável desconhecimento de um flagelo que se tende a agravar com o envelhecimento da população.
O grupo musical Deolinda apresentou a sua nova música que se revelou numa espécie de hino de uma geração.
Parva Que Sou tem tido muito sucesso devido ao grande sentimento de identificação que provoca nas gerações mais novas que a ouvem.
Uma das razões que justifica este êxito é a singularidade de um grupo português produzir uma música de intervenção com mordazes críticas à realidade. A música tem versos absolutamente sublimes. “E fico a pensar, que mundo tão parvo, que para ser escravo, é preciso estudar”, entre outros contrariam a convicção generalizada de que os jovens portugueses desprezariam a música portuguesa ou que estariam alheios à realidade que os rodeia.
A música dos Deolinda arrisca-se a alertar consciências e a incitar ao inconformismo dos que se vêem numa situação para a qual não contribuíram mas que os afecta e condena desta forma a geração mais qualificada de sempre.
Uma vénia aos que conseguiram numa música traçar a crua realidade dos jovens licenciados.
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