Ao Natal seguem-se os últimos dias do ano. E com isto há uma preocupação permanentemente a latejar: a aquisição de uma agenda para o ano seguinte. E, quem já se rendeu aos encantos da famosa Moleskine dificilmente se consegue desafeiçoar do ícone das agendas. Aliás, é muito mais do que isso. Para além do que de mítico rodeia a Moleskine, a sua funcionalidade e a empatia que, mais tarde ou mais cedo, inevitavelmente provoca em quem tem a sorte de a folhear tornam-na terrivelmente apetecível e o risco de esgotar é efectivamente preocupante. Principalmente se no nosso imaginário já estiver o modelo e a cor da Moleskine da nossa eleição para o ano que se avizinha.
Para 2011, já conto com uma nos braços, em que mais do que uma agenda, acabei de arranjar uma companheira de viagem.
Passou mais um Natal.
Apesar do intermitente e inconstante cepticismo católico, é uma data que me diz bastante, pelo que representa e significa.
Numa vertente mais supérflua, implica uma nova imagem de tudo o que nos rodeia pela incandescência das luzes ou pelo brilho das cores da época.
Por outro lado, mito ou não, é certo que é tempo propício a um turbilhão de sentimentos mais nobres em cada um de nós na relação com os outros, que de alguma forma quebra a monotonia de todo o ano.
Mas o que mais gosto no Natal e aprendi a valorizar ao longo dos últimos 4 anos que estou em Lisboa é o regresso a casa. Não apenas por um dia ou dois. É regressar para junto dos "nossos", reencontrando aquelas caras que nos acompanharam durante muitos anos e que um fim-de-semana não permite mais do que um cumprimento esporádico e pontual.
Amanhã rumarei a Norte para a última etapa do "meu" Natal. Aquela em que revejo aqueles cuja frequência dos nossos encontros não reflecte minimamente a amizade e a cumplicidade que existe. É a avó, os primos, os tios, os filhos dos primos, etc. E no domingo lá regressamos à triste realidade de quem prepara a penúltima temporada de exames. Para o ano há mais.
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