"A vitória brilhará àquele que tímido ouse".
Agostinho da Silva
Domingo, 24 de Maio de 2009
Diverge do livro, mas gostei
Sexta-feira, 22 de Maio de 2009
As minhas músicas (7)
As minhas músicas (6)
As minhas músicas (5)
Domingo, 10 de Maio de 2009
Assim se vê Força do FC(P)
Faltam alguns minutos para vermos o Porto tetra-campeão. Assim o espero.
Quarta-feira, 6 de Maio de 2009
O Estatuto da Carreira Docente, novamente..
As negociações em torno do Estatuto da Carreira Docente estão condenadas ao fracasso.
Depois de mais uma reunião, não há acordo entre Governo e sindicatos.
Diz o Secretário de Estado da Educação que os sindicatos não apresentaram nenhuma proposta sobre o acesso à categoria de professor titular. O que me parece óbvio: os sindicatos defendem o fim da divisão da carreira em duas classes. Consequentemente, os sindicatos nada têm a apresentar em torno desta medida. A isto eu dou o nome de coerência.
Prevalece o autismo e a injustiça nestas negociações. Continua a classe docente a estar dividida em professores titulares e meros professores. Continua a imperar no acesso a esta categoria “dourada” critérios absolutamente iníquos e a sobrevalorizar elementos que nada dizem sobre o profissionalismo e desempenho do docente.
Entre um professor que ensina e um que manda, promove-se o que reina lá na Escola.
Entre o professor que tem 20 anos de casa e o que tem 15 anos, vamos apenas ponderar os últimos 7 anos.
Para estes senhores da 5 de Outubro, reformar e reformular o Ensino é isto. Haja paciência!
Domingo, 3 de Maio de 2009
Poema à Mãe
No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe!
Tudo porque já não sou
o retrato adormecido
no fundo dos teus olhos!
Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais!
Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.
Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura!
Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos...
Mas tu esqueceste muita coisa!
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!
Olha - queres ouvir-me? -,
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;
ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;
ainda oiço a tua voz:
"Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal..."
Mas - tu sabes! - a noite é enorme
e todo o meu corpo cresceu...
Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber.
Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas...
Eugénio de Andrade