"A vitória brilhará àquele que tímido ouse".
Agostinho da Silva
Sexta-feira, 17 de Outubro de 2008
O Serviço Nacional de Saúde está doente
É já um lugar-comum dizer-se que o nosso Sistema Nacional de Saúde precisa de uma profunda reforma. Como aliás (quase) tudo o resto.
Pouco sei sobre o tema da Saúde, mas hoje fiquei a conhecer melhor o nosso SNS.
Dirigi-me a um centro de Saúde e marquei uma consulta. Tive sorte. Era a segunda utente a fazer a inscrição. A médica entrava às 9h, mas fui rapidamente advertida pela funcionária do centro que os horários da tabela não são para tomar em conta, porque os médicos nunca chegam a horas. Não dei relevância a este aviso, porque sempre julguei tratar-se de situações pontuais que não deveriam servir de base a generalizações injustificadas e injustas. A médica chegou atrasada uma hora e meia. Mas, como ainda não tinha bebido café desceu e esteve na pastelaria durante mais meia hora.
Às 11h15, fui atendida. Os doentes conformados diziam que “era normal”. Alguns estavam à espera, à porta do Centro de Saúde, desde as 4h da manhã para marcar uma consulta da especialidade. Na situação deles, tendo um lugar para me sentar se calhar não me lamentaria também.
Mas, interrogo-me: esta situação não é do conhecimento dos nossos governantes?
Não é amplamente denunciada pela comunicação social?
São só os professores que têm de ser avaliados?
Domingo, 24 de Agosto de 2008
Pré-escolar, o parente pobre
Educação não é só o Estatuto da Carreira Docente. Nem tão só aulas de substituição.
As prioridades do ME têm sido atacar o pessoal docente e falsear as estatísticas do insucesso escolar.
O Ensino Pré-Escolar tem sido escandalosamente esquecido e negligenciado por este ME. Em 3 anos apenas se ouviu da ministra a possibilidade de este ser transferido para a alçada das IPSS’s.
No ano passado, 12% das crianças inscritas num Jardim de Infância Público não teve vaga, segundo a Inspecção-Geral da Educação. Os mesmos dados apontam para que 72 mil crianças não frequentem nem o ensino público, nem o privado.
E falamos nós em TGV’s, aeroportos e terceiras travessias.
Parece que não tomamos conta das nossas crianças.