Ao Natal seguem-se os últimos dias do ano. E com isto há uma preocupação permanentemente a latejar: a aquisição de uma agenda para o ano seguinte. E, quem já se rendeu aos encantos da famosa Moleskine dificilmente se consegue desafeiçoar do ícone das agendas. Aliás, é muito mais do que isso. Para além do que de mítico rodeia a Moleskine, a sua funcionalidade e a empatia que, mais tarde ou mais cedo, inevitavelmente provoca em quem tem a sorte de a folhear tornam-na terrivelmente apetecível e o risco de esgotar é efectivamente preocupante. Principalmente se no nosso imaginário já estiver o modelo e a cor da Moleskine da nossa eleição para o ano que se avizinha.
Para 2011, já conto com uma nos braços, em que mais do que uma agenda, acabei de arranjar uma companheira de viagem.
Inexplicável, mas aconteceu. O exame de código já lá vai e fica provado que não há fenómenos apenas no Entroncamento!
A fabulosa Katia Guerreiro voltou a dar a sua Voz à Poesia. Lançou um novo álbum. É um hino ao Fado, à Poesia e à Música.
A Europa jaz, posta nos cotovelos:
De Oriente a Ocidente jaz, fitando,
E toldam-lhe românticos cabelos
Olhos gregos, lembrando.
O cotovelo esquerdo é recuado;
O direito é em ângulo disposto.
Aquele diz Itália onde é pousado;
Este diz Inglaterra onde, afastado,
A mão sustenta, em que se apoia o rosto.
Fita, com olhar esfíngico e fatal,
O Ocidente, futuro do passado.
O rosto com que fita é Portugal.
Fernado Pessoa, Os Castelos
"Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de livraria."
Jorge Luís Borges
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