"A vitória brilhará àquele que tímido ouse".
Agostinho da Silva
Sexta-feira, 16 de Outubro de 2009
Novo ano lectivo
Novo ano lectivo e os rankings voltam a estar em destaque nas já habituais comparações que se fazem entre as Escolas Públicas e as Escolas Privadas. Parece evidente que o actual sistema de appartheid educativo desprestigia a Educação, enquanto a escolha do estabelecimento de ensino se pautar por critérios da zona de residência ou de trabalho dos pais.
Continuam a fazer-se rankings com critérios muito pouco objectivos, olhando da mesma forma realidades inconciliáveis: afere-se a qualidade do estabelecimento de ensino em função da média de exames, quando na realidade exames de francês ou matemática não são comparáveis em termos de resultados, ou uma escola com 150 exames não pode estar no mesmo grau de comparação com uma escola que realiza 1000 exames.
Por outro lado, continuamos a apostar em Novas Oportunidades: optámos por atribuir diplomas a quem contasse a sua história de vida, preterindo a aquisição de conhecimentos, aprendizagem, formação e qualificação.
Trata-se de políticas na área da Educação que terão resultados calamitosos no futuro desenvolvimento do nosso país. A continuar assim, serão muitos mais os anos em que nos manteremos bem atrás, na cauda sabe-se lá de quê!
Quarta-feira, 6 de Maio de 2009
O Estatuto da Carreira Docente, novamente..
As negociações em torno do Estatuto da Carreira Docente estão condenadas ao fracasso.
Depois de mais uma reunião, não há acordo entre Governo e sindicatos.
Diz o Secretário de Estado da Educação que os sindicatos não apresentaram nenhuma proposta sobre o acesso à categoria de professor titular. O que me parece óbvio: os sindicatos defendem o fim da divisão da carreira em duas classes. Consequentemente, os sindicatos nada têm a apresentar em torno desta medida. A isto eu dou o nome de coerência.
Prevalece o autismo e a injustiça nestas negociações. Continua a classe docente a estar dividida em professores titulares e meros professores. Continua a imperar no acesso a esta categoria “dourada” critérios absolutamente iníquos e a sobrevalorizar elementos que nada dizem sobre o profissionalismo e desempenho do docente.
Entre um professor que ensina e um que manda, promove-se o que reina lá na Escola.
Entre o professor que tem 20 anos de casa e o que tem 15 anos, vamos apenas ponderar os últimos 7 anos.
Para estes senhores da 5 de Outubro, reformar e reformular o Ensino é isto. Haja paciência!
Segunda-feira, 13 de Abril de 2009
Má Educação
“As interrupções dos mandatos de Conselhos Executivos, ordenadas pelo Ministério da Educação, são inconstitucionais, ilegais e perigosas, considera o advogado Garcia Pereira.”
Decidiu o Ministério da Educação interferir e manietar o processo de eleição dos novos órgãos de gestão de uma Escola das Caldas da Rainha. Acto esse ilegal à luz da interpretação que Garcia Pereira faz do novo modelo de gestão das escolas de ensino básico e secundário. Mais uma vez, a Senhora Ministra e os seus capatazes colocados nas Direcções Regionais demonstram uma profunda falta de respeito pela classe docente e uma preocupante falta de sentido democrático.
Enquanto isso, a Educação em Portugal é notícia pela redução do número de faltas dos alunos (números que não correspondem à realidade), estudos muito positivos de independentíssimos especialistas (curiosamente nomeados pelo Governo), diplomas legais revistos e alterados quase semanalmente que são uma manta de retalhos.
Os maus resultados destas políticas do governo socialista revelar-se-ão nas gerações vindouras.
A solução? Esperar pelas Novas Oportunidades.
Domingo, 24 de Agosto de 2008
Pré-escolar, o parente pobre
Educação não é só o Estatuto da Carreira Docente. Nem tão só aulas de substituição.
As prioridades do ME têm sido atacar o pessoal docente e falsear as estatísticas do insucesso escolar.
O Ensino Pré-Escolar tem sido escandalosamente esquecido e negligenciado por este ME. Em 3 anos apenas se ouviu da ministra a possibilidade de este ser transferido para a alçada das IPSS’s.
No ano passado, 12% das crianças inscritas num Jardim de Infância Público não teve vaga, segundo a Inspecção-Geral da Educação. Os mesmos dados apontam para que 72 mil crianças não frequentem nem o ensino público, nem o privado.
E falamos nós em TGV’s, aeroportos e terceiras travessias.
Parece que não tomamos conta das nossas crianças.
Segunda-feira, 23 de Junho de 2008
É assim que se combate o insucesso escolar?