"A vitória brilhará àquele que tímido ouse".
Agostinho da Silva
Foi na 4ª feira que vi Édith Piaf no Politeama. Sim, não foi a própria como um amigo me perguntou, mas foi uma representação fenomenal de uma das minhas artistas preferidas. Não com o brilhantismo do desempenho de Marion Cotillard, até porque esse é irrepetível e ímpar, no La vie en rose, que estreou no cinema o ano passado e lhe valeu o Óscar de Melhor Actriz.
Mas, voltando à peça de La Féria, foi um espectáculo muito bonito, repleto dos sons de la môme, desde la vie en rose, seguido do acordeonista (isto porque algumas músicas eram traduzidas para português). Houve ainda tempo para uma paragem no ristorante Valentino, o que embeleza naturalmente a ida ao Teatro. Ainda assim, o filme retracta de forma mais poética a vida de Édith Piaf. Seja pelo romance com Marcel Cerdan, que é tratado de forma muito esquisita na peça, e que é o período mais marcante e que merece mais destaque no filme sobre a diva. Pormenores como a relação de Édith com o pai, (com a boneca que lhe dá em criança), a filha que perdeu, à contextualização de cada uma das suas maravilhosas músicas, são espelhados de forma mágica no filme, que é um dos meus favoritos.
Vejam a peça, mas sobretudo o filme!